Em 2015 fiz esta pintura mural em uma casa no Espírito Santo. Ela fica numa praia quase selvagem, às margens do formoso encontro do rio Cricaré com o mar. O rio, que vem serpenteando do interior do estado, tem como vegetação ciliar o mangue, ali muito bem preservado, onde se encontra com fartura o apreciado caranguejo Aratu, cujas cores vermelho-alaranjada deixa florido o chão de lama preta do ecossistema.
Em determinadas épocas, os caranguejos saem das tocas, no que se denomina "andada", para se acasalarem. É comum encontrá-los inclusive nas estradas próximas ao mangue, onde tornam-se vítimas muito vulneráveis, tanto de catadores sem consciência( já que em tal período a cata é expressamente proibida), bem como de veículos que os acabam esmagando. A destruição dos mangues ou a coleta indiscriminada dos caranguejos coloca-os em avançada e perigosa ameaça, sendo que a cata de algumas espécies hoje raras já está proibida.
A foto que abre a primeira postagem deste blog refere-se ao trabalho que fiz nesta casa. Hoje, resolvi contar a história por traz da imagem, e porque o notório personagem, nesse contexto, mereceu tal homenagem...
CARANGUEJO ARATU- Pintura em acrílico sobre parede, por Wederson
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