terça-feira, 26 de julho de 2016

Uma casa, um mangue...

   Em 2015 fiz esta pintura mural em uma casa no Espírito Santo. Ela fica  numa praia quase selvagem, às margens do formoso encontro do rio Cricaré com o mar. O rio, que vem serpenteando do interior do estado, tem como vegetação ciliar o mangue, ali muito bem preservado, onde se encontra com fartura o apreciado caranguejo Aratu, cujas cores vermelho-alaranjada deixa florido o chão de lama preta do ecossistema. 
   Em determinadas épocas, os caranguejos saem das tocas, no que se denomina "andada", para se acasalarem. É comum encontrá-los inclusive nas estradas próximas ao mangue, onde tornam-se vítimas muito vulneráveis, tanto de catadores sem consciência( já que em tal período a cata é expressamente proibida), bem como de veículos que os acabam esmagando. A destruição dos mangues ou a coleta indiscriminada dos caranguejos coloca-os em avançada e perigosa ameaça, sendo que a cata de algumas espécies hoje raras já está proibida.
   A foto que abre a primeira postagem deste blog refere-se ao trabalho que fiz nesta casa. Hoje, resolvi contar a história por traz da imagem, e porque o notório personagem, nesse contexto, mereceu tal homenagem...



      CARANGUEJO ARATU- Pintura em acrílico sobre parede, por Wederson

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